Já faz algum tempo que venho sofrendo disso, eu sempre gostei de ler desde que era criança, fui frequentadora assídua da biblioteca da escola, lia nos intervalos das aulas na faculdade, lia no ônibus a caminho do trabalho, lia no ponto de ônibus, lia até caminhando pela rua. não faça isso! Os motoristas não te entendem. 

Fui lá no Google e encontrei esse texto sobre "Como curar uma ressaca literária" onde, resumindo, receitam os seguintes remédios:

Eu tenho receio de reler os meus livros favoritos e deixar de gostar deles, porque quando os li eu estava em outra fase da vida, o que faz eu gostar de um livro vai muito além de uma história bem escrita, depende do meu estado de espírito...

O blog sofreu algumas mudanças esse ano porque eu mudei de foco. Em agosto de 2016 criei esse blog para ser pessoal mas acabei postando apenas resenhas de séries, a maioria dos posts eram sobre isso e foi assim até dezembro de 2017 quando, inspirada pelo clima de final de ano, fiz um post falando sobre as Minhas Metas para 2018.

Uma forma de me ajudar a cumprir as metas é postando elas aqui, me sinto incentivada ao ver o meu progresso registrado e a minha emoção com cada conquista que relembro sempre que leio as postagens, como já mencionei antes, ele é meu diarinho.

Depois disso fiz mais posts pessoais sobre os meus projetos para esse ano, no "Seja Bem-Vindo 2018!" até mencionei que traria novos assuntos por causa das minhas metas.

Eu poderia ter deixado os posts antigos aqui ou até mesmo continuar com as resenhas mas resolvi publica-las em outro lugar para ficar mais organizado, com isso o blog ficou cheio de lacunas e parece que passei muitos meses sem postar absolutamente nada, mas não foi bem assim.

Com a mudança de foco troquei também o layout para esse mais clean e minimalista, também troquei o nome para "As coisas que eu aprendi" porque faz mais sentido com o propósito atual que tenho para o blog, que é compartilhar minhas experiências com meus erros e acertos, minhas inspirações e reflexões sobre as coisas que estou aprendendo ao longo da vida.

Mas, pra que compartilhar experiências pessoais?

Particularmente aprendo muito com experiências alheias, muitas coisas servem de inspiração para mim, sigo vários blogs nesse estilo (vou colocar todos no blogroll) e tiro muitas lições deles.

Defendo a ideia de que todas as pessoas deveriam ter blogs, escrever posts é um hobby muito prazeroso, até alivia o estresse, é também uma forma de compartilhar seu modo de pensar e de viver com pessoas que se identificam com você e te apoiam. Você não tem blog? Deveria tentar ;)

Desde que eu ouvi falar sobre o GTD venho tentando usar esse método, ele é bem simples e tem o propósito de facilitar as coisas mas por alguma razão nós, iniciantes, dificultamos tanto que fazemos parecer que esse método é dificílimo. Já tentei e falhei três vezes e cada vez que tento implementar percebo diversos erros que cometi por ser muito afobada.

Acredito que o meu erro principal foi tentar fazer tudo de uma vez, até as coisas de nível avançado, quando ainda não dominei nem o primeiro nível. Já disse que sou ansiosa.

Ao invés de comprar o livro "A Arte de Fazer Acontecer" do David Allen, fiquei tentando aplicar só pelos tutoriais na internet, o problema foi que eu peguei logo de cara um tutorial de nível avançado. Me julguem! Pensei "Ah da pra seguir sim..." ledo engano.

Muitos dizem que o livro é complexo e que ficamos perdidos com tanta informação isso me preocupa, mas mesmo assim ele ainda é a melhor fonte de informação do método então decidi comprá-lo. Ainda vou consultar os tutoriais pela internet porque tem um conteúdo riquíssimo e prático com várias dicas de quem já usa o método mas vou procurar tutoriais para iniciantes.

Resumindo, usarei pastas e os aplicativos Google Agenda, Evernote e Todoist. Escolhi esses apps porque a versão gratuita é ótima, são fáceis de usar, tem para Android e também na versão Web e em ambas o visual é limpo e agradável.

Nesse texto que linkei tem as explicações bem certinhas sobre como usar essas ferramentas e os 5 passos para execução. 

Meu segundo erro no GTD foi perder muito tempo organizando e não fazendo acontecer. Vou corrigir isso também. Estou muito animada para começar a leitura do livro e implementar o método.

Imagine que você mora sozinha, tranquila e sossegada. Um dia acontece um imprevisto e você fica meio perdida sem saber como e qual a melhor forma de resolver, sua casa fica em desordem e uma amiga diz que pode te ajudar. Ela começa vindo todos os dias e ajudando um pouco, depois de algum tempo você percebe que ela fica mais tempo na sua casa do que na dela, passa mais alguns dias e você repara que várias coisas pessoais dela estão lá. Há quanto tempo mesmo ela está ali? 

Chegaram algumas correspondências mas, espera aí, estão no nome dela! Os móveis estão todos em lugares diferentes, ela mudou tudo de lugar. "Por que o sofá está perto da janela? Não gosto dele aqui" e ela te responde: "A casa também é sua, pode mudar de lugar se quiser." Também é sua?! Como assim também ? A casa é só sua.

A decoração que ela fez até que ficou interessante, não vai brigar com ela por isso afinal, ela só está tentando ajudar, precisa encontrar uma maneira de avisar que talvez esteja exagerando um pouco, você já esta melhor e pode se virar sozinha. Mas como dizer isso sem parecer ingrata? 

As semanas passaram como um sopro e você quase não teve tempo para respirar, com tudo isso a casa estaria em desordem novamente mas, não, não está. Tudo limpo e arrumado, tem compras no armário, ela arrumou tudo. Parece que não é tão ruim ter ela por perto. Espera. O que aquele sofá amarelo está fazendo na sua sala? Você nem gosta de amarelo. "Achei lindo!" ela diz quando nota você encarando o sofá. "Você não gostou dele? Posso voltar na loja e trocar, mas eu achei realmente lindo." Ela achou lindo. O problema não é ela ter um gosto diferente do seu, a questão é: Por que ela comprou um sofá pra sua casa, a casa é sua, o que deu a ela o direito de mudar tudo de lugar, de redecorar tudo do jeito dela? Quando ela vai voltar para a casa dela? Como resolver isso sem brigar com ela?

Deixa o sofá pra lá, isso não importa mais, tem algo mais importante: Quem são aquelas pessoas sentadas conversando no sofá? Você nem as conhece, o que elas fazem na sua casa? Sua amiga convidou. Elas estão discutindo a nova decoração da sua casa, uma está dizendo que vai trocar as cortinas enquanto a outra está escolhendo no site os móveis novos para a cozinha. 

A vida não para, você tem que ir trabalhar e resolver outros problemas, depois pensa sobre essas pessoas estranhas mandando no seus móveis.

Os dias passaram depressa mas enfim você teve uma folga, nada melhor do que deitar e relaxar na sua cama. Espera, essa não é sua cama. Cadê tudo? A casa está toda diferente. E aquelas pessoas estranhas ainda estão ali. Há quanto tempo elas estão ali?

PAREM! VÃO EMBORA! Parem de mudar tudo, parem de decidir tudo por mim, não gosto dessa decoração, não gosto de amarelo, não convidei ninguém para morar aqui. E essas pessoas quem são? Nunca as vi. Vocês queriam me ajudar? Como, fazendo tudo por mim? Agradeço a intensão mas vocês estão me sufocando. 

Não, você não gritou com elas, nem mandou que fossem embora porque isso as magoaria. Você está magoada? Quer gritar? Não, você nunca faria isso. Mas até quando você vai aguentar isso? Até quando?

***

É claro que não estou falando de uma casa de verdade, é apenas uma metáfora. Já se sentiu assim? Sabe quando uma pessoa diz que está te "ajudando" e simplesmente sai tomando decisões por você e se intrometendo em tudo? Você quer falar mas parece que isso soará como ingratidão, por outro lado não da para ficar assistindo da platéia quando a peça é a sua vida.